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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

FAMÍLIA: BERÇO DO DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL DA CRIANÇA

Pesquisas mostram que a maneira pela qual os pais tratam seus filhos – seja com rígida disciplina, com compreensão, diferenças ou simpatia – produz conseqüências profundas e duradouras para a vida emocional da criança.
Para compreender o desenvolvimento da criança, precisamos ir além da própria criança e dos padrões de desenvolvimento intrínsecos que possam existir; é preciso ir além da díade mãe-criança ou pai-criança. É preciso examinar toda ecologia do desenvolvimento – o padrão de interação da família e as influências culturais mais amplas sobre aquela família.
Segundo Freitas (1997) no século XIX criança, por definição, era uma derivação da que era criada pelos que lhe deram origem. Era o que se chamava “cria” da casa, de responsabilidade (nem sempre assumida inteira ou parcialmente) da família consangüínea ou da vizinhança.
            Além de não ser ainda um foco de atenção especial, a criança era duplamente muda, nas palavras de Kátia de Queiros Mattoso apud Del Priori (1992). Não era percebida, nem ouvida, nem falava, nem dela se falavam.
            Lépez (1995) pontua que a criança, quando nasce, é muito indefesa; sua sobrevivência depende da ajuda prestada pelo grupo social (família) na qual  está inserida. Porém, ao mesmo tempo possui uma grande capacidade de aprendizagem, já que o seu sistema perceptivo encontra-se relativamente organizado, e sente-se atraída pelos estímulos de origem social o que a coloca em condições ideais para iniciar os processos de socialização ou assimilação de valores, normas e formas de agir que a família, onde ela nasceu, tentará transmitir-lhe.
 Bowlby (1989) diz que a criança não é um organismo de vida independente e por isso necessita de uma instituição social especial que a auxilie durante o período de imaturidade. Esse auxílio opera de duas formas: primeiramente, ajudando-a a satisfazer suas necessidades orgânicas e imediatas, tais como alimentação, calor, abrigo e proteção; em segundo lugar, lhe proporcionado um ambiente no qual possa desenvolver suas capacidades, sejam físicas, mentais ou sociais, indispensáveis para lidar eficazmente com o seu meio físico e social. Para tanto, é necessária uma atmosfera de afeição e segurança.
Maria Eunice Vilela Dande Netto
        Psicóloga - CRP 27979
35 3423 6416 - Athos Clínica Médica
meunice40@yahoo.com.br


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