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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

CONTINGÊNCIAS DA FAMÍLIA NO DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO DA CRIANÇA


Nem sempre a vida transcorre de maneira ideal e corresponde aos desejos do bem-estar. A busca do equilíbrio entre o desejável e o possível é o que movimenta e desenvolve a capacidade de superar situações e manter-se saudável. O desenvolvimento desta capacidade está intensamente relacionado às experiências mais precoces que se tem no seio da família. Ela é parte fundamental na construção da saúde emocional de seus membros, tendo como função básica a proteção de seus filhos.
Bee (2003) diz que é preciso ir além da criança e dos padrões intrínsecos que possam nela existir, para compreender como esta se desenvolve. É importante conhecer o padrão de interação existente em sua família e que tipos de influências culturais sofre esta família.
Considerando um longo período de estudos e também experiências vivenciadas no decorrer de 12 anos trabalhando com Educação, atrevo-me a dissertar sobre as “contingências da família no desenvolvimento psicológico da criança”, ressaltando a importância da família no desenvolvimento psicológico de seus membros. Para tal, considero importante realizar uma breve abordagem sobre o conceito da palavra “Família”.
No sentido popular e nos dicionários, a palavra família significa “pessoas que vivem na mesma casa, aparentadas, pai, mãe e filhos, ou pessoas do mesmo sangue, da mesma ascendência, linhagem, estirpe ou admitidos por adoção”. Um grupo social composto por indivíduos que se relacionam uns com os outros, ligados por fortes lealdades e afetos, ocupando um lar ou um conjunto de lares que duram por anos ou décadas.  Pode-se entrar na família através do nascimento ou ser adotado por alguém dela. Deixa-se de fazer parte da família somente pela morte.
Concordo com Montoro (1995) quando diz que “Família é um sistema de vínculos afetivos, de laços emocionais, sua especificidade se define por sua função essencial de ser o espaço de formação da estrutura psíquica básica dos seres humanos”. A mesma autora usa uma metáfora ao usar o termo Família = “Fábrica de gente”.
A gente se humaniza através da convivência. Família é Matriz de identidade, ou seja, sistema de vínculos afetivos onde se gera e se desenvolve a organização psíquica dos indivíduos, que se constrói a partir de relações de afeto e de amor. É uma rede de laços emocionais, o lócus da construção da subjetividade.
A família tende a ser o primeiro grupo responsável pela tarefa socializadora e constitui, portanto, uma das mediações entre o homem e a sociedade.



Maria Eunice Vilela Dande Netto
           Psicóloga Clínica

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