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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

FAMÍLIAS FACILITADORAS DE SAÚDE EMOCIONAL (continuando)


 O bebê, a criança nova e até mesmos os jovens esperam dos adultos uma confiabilidade e disponibilidade, ao que este responde, talvez em parte, devido à capacidade de identificar-se com os filhos.
            Gomide (2004) ressalta que os pais são os principais mediadores entre a criança e o mundo. A criança aprende sobre o mundo pelos olhos dos pais, pelas suas reações e de suas experiências. São os pais que ensinam as crianças a serem seguras, a terem boa auto-estima, a resolverem problemas. Ensinar a criança, desde tenra idade, a solucionar problemas é um excelente caminho para desenvolver a sua segurança, inibindo, consequentemente, o aparecimento de distúrbios sérios.
            Mondin (2005) salienta ainda que a natureza positiva dos relacionamentos familiares não se mede pela quantidade de tempo disponível para estes intercâmbios, mas antes de tudo, pela qualidade com que eles se desenvolvem na família.
Os pais participantes transformam seus lares em um ambiente em que todos cooperam nas tarefas domésticas. Os filhos sentem-se responsabilizados em realizar a sua parte e com isso aceitam a disciplina originada dessa divisão de trabalho, criando condições para a internalização de valores morais, conciliando-os com necessidades próprias de forma equilibrada.
Esses aspectos dinâmicos gerados no ambiente familiar são considerados poderosos na vida das crianças. É no lar que a criança desenvolve quase todos os repertórios básicos de seu comportamento, facilitando seus relacionamentos interpessoais no futuro. As crianças que auxiliam suas mães nas atividades domésticas poderão sentir-se úteis e indispensáveis no conjunto familiar. A solidariedade e a cooperação no cotidiano escolar são levadas em consideração, quando a participação dos filhos nos trabalhos de casa acontece.
Sentimentos solidários e responsáveis ocupam o lugar da disciplina rígida, em que os pais mandam, ordenam e a criança deve obedecer, ou o lugar da disciplina permissiva, em que a criança faz o que deseja, e por essa razão, sentir-se-á perdida pela ausência de limites. Dependendo da idade, a criança pode ser envolvida em auxiliar nas atividades, como o preparo do jantar, arrumação da mesa, lavar e guardar a louça e utensílios, regar o jardim e arrumar as camas, cuidar das suas próprias coisas, etc.
O importante é que a atividade seja realizada com a mãe e /ou o pai, proporcionando situações de fazerem juntos. Além de viabilizar o diálogo entre pais e filhos enquanto trabalham, esse tipo de situação contribui para o ensino de comportamentos de solidariedade e responsabilidade, podendo também auxiliar na produção de auto-estima elevada na criança ao possibilitar que ela se sinta útil.
Assim, família contribui para a maturidade emocional, permitindo que seus membros se desloquem para famílias mais amplas (agrupamentos maiores) e, ao mesmo tempo, tenham oportunidades de voltarem a ser dependentes a qualquer momento. Esse fenômeno denomina-se segurança, as crianças vêm na segurança uma espécie de desafio que as convida a provar que podem ser livres.



Maria Eunice Vilela Dande Netto
        Psicóloga - CRP 27979
35 3423 6416 - Athos Clínica Médica
meunice40@yahoo.com.br

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